segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um final diferente para o texto "A Lagoa das Sete Cidades"...


     (...)
   O rei não suportava ver a filha fechada no seu quarto, chorando e suspirando, mal se alimentava, sempre em silêncio, por isso recordou o que se passara até ali e os dias foram passando, até que um dia o rei parou, sentou-se num dos cadeirões de um salão enorme, olhou em redor: - Que silêncio, tudo tão calmo! - Exclamou o rei, lembrando-se dos velhos tempos em que a sua filha brincava, saltava e comia dentro do salão.    

     No meio das suas lembranças reparou que estava só, pois deixara a sua filha triste, impedindo-a de ver o seu amado. Porém, não se deixou levar pelas recordações e, seguidamente, levantou-se e foi direito ao seu escritório, onde escreveu uma carta para o príncipe do outro reino.

     Passando a semana solitário, chegou o dia, as portas do palácio abriram-se e apareceu um belo príncipe. A princesa desceu do seu quarto para o salão das visitas e nada naquele príncipe a fazia sorrir.

     Durante aquela tarde, a princesa evitara olhar para o príncipe e para seu pai, sempre cabisbaixa.

     A ama, espreitando pela porta entreaberta, reparou no sofrimento da princesa e abriu a porta dizendo:

   - Antília, o seu banho está pronto!

    Antília aproveitou a oportunidade para sair do salão.

   - Obrigada, vou já! Desculpem o incómodo, mas vou ter de ir, obrigada pela visita, será sempre bem-vindo aqui!

    Ao jantar, Antília não abriu a boca, nem para comer. O rei, vendo a sua tristeza, levantou-se e exclamou com toda a convicção:

  - Filha, vejo que não se interessou pelo príncipe. Por não aguentar mais ver o seu sofrimento, autorizo-a a casar com o pastor que tanto ama!

    Antília, pensando que estava a sonhar, não acreditou.

   - Antília, porque não vai ter com o seu amado? - Perguntou-lhe o pai, espantado.

    Então, aí Antília levantou-se e correu para a floresta onde tinha a certeza de que encontraria o seu amado.

    No dia do seu casamento, o seu pai percebeu que tinha errado e, vendo Antília tão feliz ao lado do pastor, compreendeu que o amor não se escolhe!

    Antília e o pastor viveram felizes para sempre!

 

                            FIM

Texto produzido pela aluna:
Patrícia Leal, n.º 22, 8.ºD
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)

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