(...)
O rei não suportava ver a filha fechada no seu quarto,
chorando e suspirando, mal se alimentava, sempre em silêncio, por isso recordou o
que se passara até ali e os dias foram passando, até que um dia o rei parou,
sentou-se num dos cadeirões de um salão enorme, olhou em redor: - Que silêncio,
tudo tão calmo! - Exclamou o rei, lembrando-se dos velhos tempos em que a sua
filha brincava, saltava e comia dentro do salão.
No
meio das suas lembranças reparou que estava só, pois deixara a sua filha
triste, impedindo-a de ver o seu amado. Porém, não se deixou levar pelas
recordações e, seguidamente, levantou-se e foi direito ao seu escritório, onde
escreveu uma carta para o príncipe do outro reino.
Passando a semana
solitário, chegou o dia, as portas do palácio abriram-se e apareceu um belo
príncipe. A princesa desceu do seu quarto para o salão das visitas e nada
naquele príncipe a fazia sorrir.
Durante aquela tarde, a princesa evitara olhar
para o príncipe e para seu pai, sempre cabisbaixa.
A ama,
espreitando pela porta entreaberta, reparou no sofrimento da princesa e abriu
a porta dizendo:
- Antília, o seu
banho está pronto!
Antília aproveitou
a oportunidade para sair do salão.
- Obrigada, vou já!
Desculpem o incómodo, mas vou ter de ir, obrigada pela visita, será sempre
bem-vindo aqui!
Ao jantar, Antília
não abriu a boca, nem para comer. O rei, vendo a sua tristeza, levantou-se e
exclamou com toda a convicção:
- Filha, vejo que não se interessou pelo
príncipe. Por não aguentar mais ver o seu sofrimento, autorizo-a a casar com o
pastor que tanto ama!
Antília, pensando
que estava a sonhar, não acreditou.
- Antília, porque não vai ter com o seu amado? - Perguntou-lhe o pai, espantado.
Então, aí Antília
levantou-se e correu para a floresta onde tinha a certeza de que encontraria o
seu amado.
No dia do seu
casamento, o seu pai percebeu que tinha errado e, vendo Antília tão feliz ao
lado do pastor, compreendeu que o amor não se escolhe!
Antília e o pastor
viveram felizes para sempre!
FIM
Texto produzido pela aluna:
Patrícia Leal, n.º 22, 8.ºD
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)
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