sexta-feira, 15 de maio de 2015

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O Natal daquele Ano



    O Francisco frequentava o terceiro ano de escolaridade com muito bom aproveitamento. Era um miúdo admirável! Já vivera razoavelmente mas, atualmente, sofria as consequências da quase indigência do pai por, no início daquele ano, ter perdido o emprego. Era um bom trabalhador, mas a oficina fechara.
Andava o miudinho muito triste e amargurado porque a fome, o frio e a tristeza eram o pão-nosso de cada dia naquela casa.
      Como habitualmente, ao aproximarem-se as férias do Natal, a professora mandou que os alunos fizessem uma redação sobre essa quadra festiva.
O Francisco debruça-se sobre o papel e, numa letra mais adulta que infantil, intitula a sua composição de APELO e escreve:
«Menino Jesus: não acredito no que tenho ouvido dizer a teu respeito, ou seja, que só dás a quem já tem, e nada dás a quem nada tem! Explico-te porquê: eu sei que são os pais a darem essas prendas e não tu, que tens mais que fazer; se fosses tu, de certeza que davas a todos e, se calhar, em primeiro lugar aos mais pobres.»
Sim, eu tenho certeza que davas a todos e, se calhar, em primeiro lugar aos mais pobres. Sim, eu tenho a certeza que seria assim, pois nunca te esqueces que também nasceste pobre e pobre morreste.
«Não venho pedir nada para mim. Quero lembrar-me que o meu pai está há um ano sem trabalho e precisa de ganhar dinheiro para nos sustentar. Por isso, não te esqueças de lhe arranjar um emprego. Eu sei que Natal quer dizer nascimento e, olha, nós também nascemos e, com certeza, não foi para que morrêssemos já, sem dar testemunho sobre a terra. Se assim fosse, como é que poderíamos dar os parabéns pelo teu aniversário?! Já agora podes ficar a saber que eu nasci no mesmo dia: nasci no Natal»
    Pouco antes de as férias começarem, a professora chamou o Francisco e disse-lhe que tinha arranjado trabalho para o seu pai e, que já poderia começar a trabalhar no princípio de Janeiro do próximo ano. Foi tal a alegria dele que chorou copiosamente e, então, passou a andar tão contente, que os pais não sabiam que dizer. No entanto ele não disse porque é que andava assim.
    Na véspera de Natal todos se deitaram cedo, pois a consoada consistiria em sopa e pão, por o dono da mercearia, atendendo ao dia que era, ter condescendido em acrescentar ao rol do livro da dívidas.
   O Francisco não adormeceu logo. Depois de ter verificado que toda a gente estava a dormir, foi colocar o seu sapatinho à porta do quarto dos pais, com um bilhete dentro.
No dia de Natal, a mãe, que era sempre a primeira a levantar-se, ao sair do quarto tropeçou no sapato do filho. Baixou-se, pegou nele, e leu o bilhete: "Pai, a partir de Janeiro vai ter trabalho. Foi a minha professora que lho arranjou, por causa da minha redação ao Menino Jesus. É a nossa prenda de Natal".
   Com as lágrimas nos olhos, de contentamento já se vê, aquele casal entrou, pé ante pé, no quarto do filho. Ao vê-lo profundamente adormecido e a sorrir, ambos disseram: eis aqui o nosso Menino Jesus!


Leandro, n.º 14 – 7.ºA
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)

Lenda das Renas do Pai Natal



    O mito das Renas do Pai Natal foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de nos países como o Canadá (Norte), Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia, as pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas. Porém, as renas do Pai Natal são especiais, pois, apesar de serem semelhantes às renas que existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o Pai Natal possa entregar os presentes, no dia certo e sem atrasos, a todas as crianças do mundo inteiro.
    Na tradição Anglo-saxónica original só existem oito renas, número habitualmente utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou o grupo (1939).
    Conta-se que o Pai Natal, ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas, pois tinha um nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Pai Natal pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena que guia o trenó do Pai Natal todos os Natais.



Ricardo, n.º 24 – 7.ºA
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto).

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Tradições de Natal


                                              Costumes de Natal

 

Na minha região, Cabeceiras de Basto, os costumes são:

- reunir-se em casa com a família;

- na noite de 24, ao jantar, come-se batatas cozidas com bacalhau e ovo;

- antes de abrirmos os presentes ,convivemos com a família, falamos, brincamos e saboreamos a sobremesa;
- abrimos os presentes e ali  saboreamos de alegria o que recebemos, depois as crianças costumam brincar com o que recebem;

- também é costume  jogarmos ao bingo depois de abrirmos os presentes.   

João Castro, n.º 15 - 8.º C
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)

Sugestão de Leitura

“Uma aventura na Serra da Estrela”


     (…) O condutor era um homem de meia-idade simpático, que adorava mostrar os encantos da região. Eles iam passar férias para uma quinta, a Quinta de S. Francisco. Como o condutor não conseguia contar nada, decidiu ir por um atalho, então o Chico perguntou se a quinta ficava por ali. O condutor respondeu-lhe que ainda ficava longe e que, como não tinham pressa, ia mostrar-lhes uma coisa, que era surpresa. Fez-se silêncio e todas as atenções eram para o condutor, como ele queria, dizendo que a Serra da Estrela era muito bonita e que aparecia poucas vezes na televisão. Travando a fundo, o condutor diz que chegaram, perguntando se tinham medo ao frio, se não tivessem para irem atrás dele ver o que existia atrás da rocha. Então, lá saíram todos da carrinha, ansiosos por pisar o manto branco que se estendia por toda a encosta.
    Mesmo não tendo botas, nem luvas, nem gorros, lá correram para a neve em grande alvoroço. João foi o primeiro a moldar uma bola de neve, atirando-a ao Pedro, e dai a nada estavam todos numa alegre batalha. Mas, começaram a ficar com frio e, um atrás do outro, juntaram-se então na tal rocha e do outro lado havia uma cascata toda gelada. Foi então que o Sr. Cristóvão disse para irem embora, então lá seguiram viagem pelos atalhos que também chegavam até à quinta. Lá iam eles em viagem, quando, de repente, teve de parar a carrinha porque havia muita neve e nevoeiro. Levantado o nevoeiro, o Sr. Cristóvão deu à chave e tentou arrancar, mas as rodas patinavam e a carrinha não andava. Então, o Chico sugeriu que empurrassem todos. Então, lá foram eles, mas de nada adiantou. Voltaram para dentro e o Sr. Cristóvão disse que o mais certo era ficarem ali toda a noite.


Realizado pelo aluno João - 7ºF (E.B./S. de Cabeceiras de Basto)

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Contos de Natal

Pinheiro de Natal
     
Conta a história que na noite de Natal, junto ao presépio, se encontravam três árvores: uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. As três árvores, ao verem Jesus nascer, quiseram oferecer-lhe um presente. A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira foi a seguinte e ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas, o pinheiro, como não tinha nada para oferecer, ficou muito triste.
As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e adorando o pinheiro que, assim, se ofereceu ao menino Jesus.

Trabalho realizado por:

 Margarida Pereira.    8.°C    N.° 23
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)