A lagoa das sete cidades –
Continuação
O
rei não suportava ver a filha fechada no seu quarto, chorando e suspirando, mal
se alimentando, sempre em silêncio. O rei recordou o que se passara até ali.
“Primeiro
eu disse à minha filha que não podia sair do castelo e que não podia ir ter com
ninguém. Seguidamente, o pastor foi ao meu castelo e pediu-me a mão da minha
filha em casamento. Finalmente, eu disse ao pastor que ele nunca iria casar com a
minha filha”.
De estatura baixa, gorducho, com uma veste azul e uma coroa
de ouro com pedras preciosas, o rei decidiu bater à porta do quarto da
sua filha e disse-lhe:
-
Não chores mais! Irás ver o teu jovem amado!
-
O quê? O meu jovem amado? Mas ele está aqui no castelo?
-
Não, mas iremos ao local onde vocês se encontraram pela primeira vez.
E
dito isto, o rei e a princesa foram ao vale onde o pastor estava a pastar o seu
gado. Era um vale muito húmido, com erva verde escura, árvores que faziam uma
sombra agradável quando havia dias de muito calor. Quando
o pastor viu a princesa, abraçou-a com uma enorme alegria.
Com
a aceitação do rei, eles finalmente puderam-se casar e viveram felizes durante
muitos e muitos anos.
Podemos
dizer que o amor nunca pode ser travado por qualquer força. O amor é sempre
mais forte.
Pedro Soares, n.º 14 - 7.ºF
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)
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