Lenda do Basto:
O
Império Visigodo não resistiu aos ataques dos Mouros comandados por Tarik.
Espalhando o terror, estes avançaram “ávidos de glória”, através da Galiza. Os
ecos dos seus ataques chegaram ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos, mas não mereceram
crédito.
Bracara
Augusta caiu também nas suas mãos. Então, acreditaram e prepararam-se para a
defesa com uma centúria de servos e homens de armas, comandados por D. Gelmiro,
o venerando abade do Mosteiro.
Hermígio
Romarigues, parente do fundador do Mosteiro, era o guerreiro-monge que mais se
destacava pelo seu porte avantajado de grandes e possantes membros e com o
rosto retalhado por mil golpes das escaramuças passadas.
Postado
junto à ponte que dava acesso ao Mosteiro, ao aproximar-se das tropas de Tarik
estendeu a mão possante, assegurando:
- Até ali, por S. Miguel, até ali, basto eu!"
- Até ali, por S. Miguel, até ali, basto eu!"
E
bastou! Três vezes arremeteram os mouros contra as débeis defesas do Mosteiro.
Mas, por três vezes, foram repelidos pela espada de Hermígio Romarigues. A ponte
sobre a ribeira ficou atulhada de corpos e os chefes infiéis tiveram de tratar
com D. Gelmiro de igual para igual, gorando-se, deste modo, a suposta intenção
de arrasarem o Mosteiro e decapitarem os monges.
Posteriormente
o monge-guerreiro ter-se-á integrado no reduto cristão situado nas Astúrias, de
onde irradiava já a Reconquista a partir de Covadonga, sob o comando de
Pelágio.
Hermígio
Romarigues, “O Basto”, foi imortalizado através da estátua que erigiram em sua
homenagem, como reconhecimento pelos serviços prestados a El-Rei Pelágio.
http://cabeceirasdebasto.pt/29
João, n.º 13 - 7.ºA
(E.B./S. de Cabeceiras de Basto)
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